Uma vez tive um diário. Tinha na capa uma boneca de vestido azul sentada numa nuvem. Foi o meu primeiro e único diário. Teve muitos nomes, tantos quanto o meu estado de alma lhe quis dar. Imaginei como seria contar-lhe todos os meus segredos, mesmo aqueles que eu ainda não sabia que guardava. Um dia, escondi a chave, com medo que alguém pudesse descobrir tudo aquilo que eu ainda não lhe tinha contado. Escondi-a tão bem que não a voltei a encontrar. Hoje, ainda fechado, o meu diário guarda os segredos que nunca lhe contei, nas suas páginas em branco e por estrear. Continua a ser o meu primeiro e único diário e tem na capa uma boneca de vestido azul sentada numa nuvem.
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